terça-feira, 8 de julho de 2008

Desabafo de uma Mulher de hoje...


ISTO NÃO TEM NADA DE MACHISMO, É A REALIDADE NUA E CRUA DOS NOSSOS DIAS....

Carta-desabafo de uma mulher de hoje...

"São 5.30H da manhã, o despertador não pára de tocar e não tenho forças nem
para atirá-lo contra a parede. Estou acabada. Não quero ir trabalhar hoje.

Quero ficar em casa, a cozinhar, a ouvir música, a cantar, etc. Se tivesse um
cão levava-o a passear nos arredores. Tudo menos sair da cama, meter a primeira
e ter de pôr o cérebro a funcionar.

Gostava de saber quem foi a bruxa imbecil, a matriz das feministas que teve
a ideia de reivindicar os direitos da mulher e porque o fez connosco que
nascemos depois dela?

Estava tudo tão bem no tempo das nossas avós, elas passavam o dia
todo a bordar,
a trocar receitas com as suas amigas, ensinando-se mutuamente segredos de
condimentos, truques, remédios caseiros, lendo bons livros das bibliotecas
dos seus maridos, decorando a casa, podando árvores, plantando flores,
recolhendo legumes das hortas e educando os filhos. A vida era um grande
curso de artesãos, medicinas alternativas e de cozinha.

Depois ainda ficou melhor, tivemos os serviços, chegou o telefone, as
telenovelas,
a pílula, o centro comercial, o cartão de crédito, a Internet!

Quantas horas de paz a sós e de realização pessoal nos trouxe a tecnologia!

Só que veio uma tipa, que pelos vistos não gostava do corpinho que tinha, para
contaminar as outras rebeldes inconsequentes com ideias raras sobre "vamos
conquistar o nosso espaço"! Que espaço?! Que caraças!

Se já tínhamos a casa inteira, o bairro era nosso, o mundo a nossos pés!

Tínhamos o domínio completo dos nossos homens, eles dependiam de nós,
para comer,
vestirem-se e para parecerem bem à frente dos amigos e agora? Onde é que
eles estão? Nosso espaço?!

Agora eles estão confundidos, não sabem que papéis desempenham na sociedade,
fogem de nós como o diabo da cruz. Essa piada acabou por encher­nos de
deveres. E o pior de tudo acabou lançando-nos no calabouço da solteirice
crónica aguda!

Antigamente os casamentos eram para sempre. Porquê? Digam-me porquê, um sexo
que tinha tudo do melhor que só necessitava de ser frágil e deixar-se guiar
pela vida começou a competir com os machos? A quem ocorreu tal ideia?

Vejam o tamanhão dos bíceps deles e vejam o tamanho dos nossos!

Estava muito claro que isso não ia terminar bem.

Não aguento mais ser obrigada ao ritual diário de ser magra como uma escova,
mas com as mamas e o rabo rijos, para o qual tenho que me matar no ginásio,
ou de juntar dinheiro para fazer uma mamoplastia, uma lipo ou implantes nas
nádegas... Alem de morrer de fome, pôr hidratantes, anti­rugas, padecer do
complexo do radiador velho a beber água a toda a hora e acima de tudo ter
armas para não cair vencida pela velhice, maquilhar-me impecavelmente cada
manhã desde a cara ao decote, ter o cabelo impecável e não me atrasar com as
madeixas, que os cabelos brancos são pior que a lepra, escolher bem a roupa,
os sapatos e os acessórios, não vá não estar apresentável para a reunião do
trabalho.

E não só, mas também ter que decidir que perfume combina com o meu humor, ter
de sair a correr para ficar engarrafada no transito e ter que resolver metade
das coisas pelo telemóvel, correr o risco de ser assaltada ou de morrer numa
investida de um autocarro ou de uma mota, instalar-me todo o dia em frente
ao PC, trabalhar como uma escrava, moderna claro está, com um telefone ao
ouvido a resolver problemas uns atrás dos outros, que ainda por cima não são
os meus problemas!

Tudo para sair com os olhos vermelhos - pelo monitor, porque para chorar de
amor não há tempo!

E olhem que tínhamos tudo resolvido, estamos a pagar o preço por estar sempre
em forma, sem estrias, depiladas, sorridentes, perfumadas, unhas perfeitas,
operadas, sem falar do currículo impecável, cheio de diplomas, de
doutoramentos e especialidades, tornámo-nos super mulheres mas continuamos a
ganhar menos que eles e de todos os modos são eles que nos dão ordens! Que
desastre!

Não seria muito melhor continuar a coser numa cadeira? Basta! Quero alguém que
me abra a porta para que possa passar, que me puxe a cadeira quando me vou
sentar, que mande flores, cartinhas com poesias, que me faça serenatas à
janela!

Se nós já sabíamos que tínhamos um cérebro e que o podíamos utilizar para quê
ter que demonstrá­lo a eles? Se nós já sabíamos que o Mundo era nosso e que
éramos nós quem mandava porquê estragar tudo? Ficámos com pena dos homens?
Bahhhhhh...

Ai meu Deus, são 6h10, e tenho que levantar-me da cama... Que fria está esta
solitária e enorme cama! Ah... Quero um marido que chegue do trabalho, que
se sente no sofá e me diga:

- Meu amor não me trazes um whisky por favor?

Ou:

- O que há para jantar?

Porque descobri que é muito melhor servir-lhe um jantar caseiro do
que atragantar-me
com uma sanduíche e uma Coca-Cola light enquanto termino o trabalho que
trouxe para casa.

Pensas que estou a ironizar ou a exagerar? Não minhas queridas amigas, colegas
inteligentes, realizadas, liberais... E idiotas!

Estou a falar muito seriamente: abdico do meu posto de mulher moderna!

E digo mais: A maior prova da superioridade feminina era o facto de os
homens esfalfarem-se a trabalhar para sustentar a nossa vida boa! Agora
somos iguais a eles!"